É preciso imaginar Sísifo feliz, diz Camus (O Filósofo do Absurdo)


Fazer a travessia do absurdo é uma tarefa da qual não se pode fugir. Além disso, desistir da vida não é uma opção. Não para o filósofo do absurdo, Albert Camus (pronuncia-se “camí”).

A vida seria, então, repleta de absurdidade. Mas, não se engane meu povo! O absurdo aqui se refere a um conceito muito específico na filosofia de Camus. Para ele, nada no mundo, nem no universo, é capaz de responder a seguinte pergunta “qual é o sentido da vida?”. Mesmo assim, a gente continua tentando respondê-la: é nisto que consiste o termo absurdo na filosofia camuseana.

Apesar da ausência de sentido, devemos achar alguma alegria, algum prazer na própria busca pelo sentido da vida. Assim como Sísifo da mitologia grega, nós subimos um morro metafórico carregando nossa rocha que são os desafios da vida, nosso fardo, talvez nosso destino. Alguns poderiam achar que viver preso nessa rotina, subir com a pedra até o topo do monte, só pra vê-la cair de novo e de novo seria um motivo pra dar fim a tudo. Não para Camus. Cada um de nós, apesar da absurdidade, apesar da ausência de sentido, deve procurar um motivo pra viver. Poderia ser uma vida pelo prazer: prazer concede propósito a vida. É isso que o filósofo defende.


A questão “qual é o sentido da vida?” continua aberta. Nunca vamos encontrar esse sentido (se Camus estiver certo, é claro). Mas, encontramos um motivo pra viver quando insistimos em subir o morro com a rocha pesada do destino. Essa rocha formado pelos nossos desafios. Em algum momento decidiremos viver pelo desafio de carregar a pedra morro a cima. É preciso nos imaginar felizes nessa travessia!

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